quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Depressão Sazonal

Alô você, que está aí, sentadinho na frente do teu computador, feliz da vida com esse frio... esse post provavelmente não faz parte da tua vida!


Sinceramente, embora consciente da minha condição com a Síndrome do Pânico, ultimamente andei confusa. Não seria possível eu estar tão pra baixo, mesmo com todos os acontecimentos chatos no mundo, como o sumiço do Blake (o gato) eu andar me sentindo extremamente apática e sem vontades nestes últimos meses. Apática ao ponto de não ter nem vontade de exprimir o que acontecia às pessoas mais próximas. [hoje eu tentei e tomei um hadouken, mas acontece quando ingenua e burramente buscamos onde não há]

Matutando deveras sobre tal situação, cheguei à conclusão que sim, existe algo A MAIS acontecendo. Corri pesquisar e conversar sobre o assunto, e me deparei com a familiaridade na 'Depressão Sazonal'.

Quem tem contato comigo sabe que eu não sinto frio, eu SOFRO frio. Algo no meu organismo me tortura. E este ano parece que o frio resolveu fazer morada eterna na minha pessoa. E eu ficando cada dia pior, ou cada dia mais 'nula'. Até que hoje, pesquisando sobre os índices de suicídio nos países frios, me deparei com a tal 'Depressão Sazonal'.

Já conhecia a pestinha, claro, mas nem atinei que poderia ser esse o mal somado àquilo que eu estou tentando controlar. (Pânico) De fato, o frio me desanima num âmbito prático. Eu não quero fazer o que preciso fazer, pois o frio dói. Dói tanto que dói na alma, e não estou sendo dramática! [talvez um pouco]


Olhem só, o que achei em um jornal do Paraná:

Inverno pode piorar quadros depressivos

Roupas escuras, dias nublados, temperaturas baixas. Preguiça na hora de pular da cama, dificuldade de começar uma tarefa ou um desejo incontrolável de experimentar "lanchinhos".

Você sabia que o inverno pode piorar quadros depressivos ou ainda desencadear a depressão sazonal?
O mais interessante é que esse quadro não está relacionado ao frio e sim à redução de luminosidade natural do sol.

Essa condição altera o ritmo biológico normal do organismo e pode exacerbar em pessoas predispostas os sintomas da depressão. "É comum o relato de piora nos dias mais escuros e nublados em pacientes deprimidos, mas nem todo paciente deprimido piora nessa estação", pondera Acioly Lacerda, psiquiatra e professor Universidade Federal de São Paulo.

A menor intensidade de luminosidade causa mudanças na melatonina, um hormônio secretado pelo cérebro durante a noite e inibido pela manhã, com o clarear do dia.
"Períodos longos de dias de pouca luminosidade aumentam significativamente a secreção diária total de melatonina, o que leva o organismo a funcionar no padrão noturno, ou seja, terá menos disposição e sonolência mesmo durante o dia", afirma o especialista.

De acordo com o psiquiatra Joaquim Monte, os sintomas são os mesmos da depressão clássica: aumento do sono, mau-humor, desânimo, intensa fadiga, perda de energia, alteração no apetite e irritabilidade.
No entanto, o especialista explica que o transtorno só acomete pessoas que já se sentem um tanto deprimidas, só se potencializando em virtude, principalmente, das condições climáticas. Ou seja, o inverno não é um "gatilho" para o início da doença.

[E NÃO PARA POR AI]


Mulheres

O tratamento do distúrbio costuma combinar a psicoterapia e medicamentos, que evoluíram bastante nos últimos anos. Atualmente, existem os que combatem ao mesmo tempo os sintomas emocionais e físicos da depressão, como fadiga, alteração de peso e sono, dores de cabeça, nas costas e no pescoço, entre outras.

Na estação mais fria do ano também pode ocorrer a depressão sazonal. Estudos epidemiológicos estimam que cerca de 5% das pessoas vão apresentar esse tipo de distúrbio, mais comum em regiões com inverno muito rigoroso (chega a 10% em latitudes superiores a 45-50 e apenas 1% em latitudes menores que 30).
"No Brasil, o inverno não alcança essa intensidade, mas também relatamos casos de depressão sazonal. Assim como a depressão comum, o quadro é mais frequente em mulheres", afirma Lacerda.

A depressão sazonal ocorre em pessoas de todas as classes sociais os níveis. Ela não discrimina sexo, raça nem ocupação. A estimativa é de que existam aproximadamente 4 mulheres para cada homem acometido pelo distúrbio.

A maior incidência se dá entre os 20 e os 40 anos, mas ela pode ocorrer em todas as idades, inclusive em crianças. Joaquim Monte observa que num extremo existem aqueles que apresentam poucas ou nenhuma alteração e que num grupo intermediário existem aquelas pessoas que apresentam pequenas alterações com as quais é fácil conviver no dia-a-dia. "Somente aquelas pessoas que apresentam mudanças significativas no comportamento é que devem procurar auxílio médico nesse período", ressalta.


Atividade física

O psiquiatra explica que, em alguns casos, a depressão sazonal mais exacerbada pode se transformar em depressão crônica e durar meses, anos e, em alguns casos, a vida toda.
"Por isso, o acompanhamento de um profissional é fator determinante na recuperação do paciente", adverte. Joaquim Monte constata que, na maioria dos casos, a chegada da primavera ameniza o sofrimento, mas nem sempre isso se torna uma regra.

A recomendação dos especialistas é para que ninguém relaxe em suas atividades físicas no inverno, uma maneira de se combater o transtorno. "Não mude sua rotina. Se está frio, agasalhe-se e vá em frente", incentiva Monte.


Outra recomendação é de que as pessoas não busquem na comida uma forma de conseguir mais energia nesse período. Segundo o médico, pode se tornar um ciclo vicioso: mais frio, mais agasalho, mais comida, mais tristeza, mais depressão.

Disfunção do sistema nervoso central

A causa da doença ainda é desconhecida, mas uma das teorias mais aceitas é que a depressão é consequência de uma disfunção no sistema nervoso central, que diminui e desequilibra as concentrações de dois neurotransmissores (a serotonina e a noradrenalina).

Esses neurotransmissores são responsáveis pelo surgimento dos sintomas físicos e emocionais da depressão. É importante ressaltar que não se deve usar nenhum medicamento sem prescrição e rigoroso acompanhamento médico.

Os pacientes com depressão devem também ser encorajados a modificar seus hábitos diários: realizar atividades físicas regulares, manter um período satisfatório de sono diário, ter uma boa alimentação e evitar o uso de substâncias, como drogas, álcool e tabaco.

Alterações provocadas pela depressão sazonal

Hábitos: Dormir por mais horas, se sentir sempre cansado e com dificuldades de acordar pela manhã.
Alimentação: Aumento do apetite, busca incessante por "comidinhas" que trazem como efeito o aumento de peso.
Motivação: Dificuldade de concentração, fadiga, isolamento social, diminuição do impulso sexual e falta de energia para as tarefas de rotina.
Humor: Irritabilidade ou apatia, baixa autoestima, tristeza e, em casos extremos, idéias suicidas.
Saúde: Distúrbios do sono, irritação freqüente e, nas mulheres, maior intensidade da tensão pré-menstrual.



Imaginem a 'caca' quando já temos algum tipo de transtorno?

Ainda bem que essa parte de fazer 'lanchinho' toda hora eu consigo controlar (controlar significa não ter acesso à comida), senão ia rolar cosplay de explosão de Dona Redonda rápidão!

O bom é que, segundo consta, o frio logo menos já vai partir. E com isso, além da luminosidade e do sol e do quentinho reconfortante voltarem, as pessoas voltam a ter coragem de fazer tatuagem, (sério pessoal, eu completamente entendo vocês) o que faz com que todos fiquemos bem!

Agosto atípico está quase acabando... 
Que venha setembro QUENTE, ok?



2 comentários:

Universo dos Leitores disse...

Que tudo melhore e que setembro traga bons ventos e muita paz!

Abraços, Isabela.

www.universodosleitores.com

Lisa Magalhães disse...

Obrigada Isa!!! :*